Surrealismo e o Realismo andam paralelamente em um graphic novel que promete ser sucesso
“O escafandrista e o camaleão” de Marcos Santana, traz uma interpretação para cada leitor
Marcos Santana, um comissário de polícia de pernambucano que desenha desde pequeno é aparentemente desconhecido, mas em 2014 se inspirou em sua própria vida para criar um personagem que no auge dos seus 38 anos resultou em um graphic novel que irá participar de um dos maiores eventos culturais existentes: A XI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, no dia 21 de novembro.
O drama “O Escafandrista e o Camaleão” traz na capa um homem lendo um livro de Charles Darwin, representando a ambientação da graphic. A história conta o drama de um homem nas situações cotidianas com referências que ajudam no paralelo da ficção e realidade..
De acordo Marcos, a interpretação do livro depende da “bagagem pessoal de cada um”. Ele afirma as partes realísticas fizeram muitas pessoas com valores e questionamentos diferentes do dele entender o drama de uma forma que ele nunca imaginou.
O escafandrista que protagoniza a história não tem o papel de vilão e nem mesmo herói, só um humano comum que vive um paralelo entre o surrealismo e as atividades do cotidiano, resultando em um tipo de realidade distorcida. Na entrevista ele também afirmou que com isso ele pretende que os leitores melhores tratem a intolerância e consigam aceitar melhor o outro.
Para ajudar o escafandrista como um fiel amigo e companheiro, Marcos criou o camaleão. Os dois estão sempre juntos mesmo que não pessoalmente, mas muitas vezes nos grafites encontrados no cotidiano do escafandrista.
As histórias do drama são curtas e muitas delas são mudas, buscando a interpretação dos seus belos grafites que ele fez questão de não digitalizar, enfatizando que o leitor não capitaria a essência da mesma forma.
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